Já ouviu falar em um gigante de mais de duzentos anos que vive no litoral piauiense, mais precisamente no município de Cajueiro da Praia?
Batizado de Cajueiro-Rei, essa árvore centenária foi reconhecida, em 2016, como o maior cajueiro do mundo, com base em estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal do Piauí (UFPI), da Universidade Estadual do Piauí (Uespi) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Os pesquisadores analisaram as folhas de diferentes locais da planta, fizeram medições da área e do perímetro ocupado por ela e, com isso, provaram que, embora pareça se tratar de uma porção de árvores juntas, ali há um único pé de caju com diversos troncos.
Quatro anos atrás, nesta data, entrava no ar o blog Histórias em mim, este espaço no qual expresso as histórias do mundo que conheço nos livros e as histórias que saem da minha imaginação.
No início de 2018, andava desconfiada da minha escrita, esta atividade que me segue desde a infância, esta habilidade que (quase) sempre foi uma certeza, mesmo quando não era. Vivia num dilema que ainda me pega vez ou outra: desejava publicar os meus textos; ao mesmo tempo, receava que outras pessoas os conhecessem.
Foi então que uma sugestão chegou até mim: “Por que você não cria um blog literário?”.
À primeira vista, essa pareceu uma ideia sem sentido. Eu não acompanhava blogs, nunca tinha imaginado me tornar uma blogueira, não sabia sequer como criar e manter uma página na internet. Sem falar que, com o excesso de informações e redes sociais, o fracasso seria o resultado mais provável para um blog no final dos anos 2010.
Na infância, imaginamos os adultos bem-resolvidos, donos de si. Quando chegamos a essa etapa, porém, descobrimos: adulto é, em geral, uma criança que bate cartão, paga boletos e oculta sua infantilidade. Adultos não são imunes ao medo, à insegurança, aos traumas, à ansiedade, à vontade de chorar e espernear de vez em quando.
De tempos em tempos, reflito sobre o caminho que trilhei até aqui e idealizo o que encontrarei logo ali, à frente (não, esse trajeto não consta em GPS e mapas). Olho pelo retrovisor e comparo esta “eu” de hoje com aquelas que fui deixando para trás.
Já encarnei tantas versões. A lembrança de algumas me causa riso ou nostalgia; um punhado delas eu esqueceria de bom grado; outras, eu deveria viajar no tempo para consertar. De todo modo, elas não ficaram para trás de fato; vão no porta-malas, deslocando-se nas curvas, sacolejando nas estradas esburacadas.
Sabemos da importância do convívio entre avós e netos, convívio este que foi afetado pela pandemia, especialmente em 2020. Não é possível generalizar coisa alguma nessa vida, mas essa relação em geral traz benefícios para ambas as partes. Para os mais novos, é a oportunidade de conhecer a origem da família, os costumes de outra época, aprender com a experiência dos mais vividos.
Eu não convivi de perto com todos os meus avós; apenas por um período com a minha avó paterna. E, mesmo assim, mesmo com dificuldades no contato com ela, minhas recordações dos meus avós são positivas. Até os episódios vividos com esta avó, em particular, e sua dureza tornaram-se histórias cheia de graça que conto aos outros; tenho na memória uma mulher resolvida e independente. A casa dos meus avós maternos, já falecidos, onde passei momentos memoráveis, continua sendo “a casa da vó”.
Para celebrar o dia dos avós, o dia 26 de julho, conferi os livros na estante que trazem os avós como personagens principais e descobri que há, no meu acervo, mais obras sobre o tema do que eu imaginava. Um aspecto chama a atenção: entre os cinco títulos que selecionei, quatro trazem avós (mulheres) e apenas um conta a história de um avô.
As cinco histórias que mostrarei a seguir retratam o companheirismo entre avós e netos, as lembranças da casa da vó, os ensinamentos desses familiares tão marcantes na vida dos netos.
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