As palavras saíram, desengasgaram a indignação que me pesava o peito.
E o eco não veio, aquele barulho alto ou mesmo um sussurro que meus ouvidos ansiaram escutar. Minha voz bateu num obstáculo qualquer e voltou a gritar dentro de mim.
Mesmo que alguns digam o contrário, as imagens nos mostram que o Brasil não está de parabéns quando o assunto é preservação do meio ambiente. É doloroso ver essa cena se repetir todo ano — agora em maior proporção e com o agravante do descaso e da negação da realidade. A quem interessa essa destruição?
O meio ambiente tem até uma data comemorativa mundial, 5 de junho de cada ano. Há também o dia da árvore (21 de setembro), o dia da natureza (4 de outubro) e o dia da Amazônia (5 de setembro). Ainda assim, embora tenhamos muitos dias no nosso calendário para nos lembrar dos impactos de nossas ações sobre o meio ambiente, ele continua a ser um senhor tão maltratado.
Para mim, além da exploração desenfreada, existe a ideia de que meio ambiente é assunto distante da gente, como se as queimadas no Pantanal ou na Floresta Amazônica não tivessem impacto sobre as vidas de quem mora em outras partes do país.
Planejei escrever a respeito das dificuldades da escrita por mulheres. Até retirei da estante Um teto todo seu, de Virginia Woolf, para uma nova leitura, mas nada me veio sobre o que queria escrever. Um trecho do livro me chamou a atenção e me levou para outro rumo.
Quase no final do livro, Virginia Woolf defende:
[…] um gênio como o de Shakespeare não surgia entre pessoas trabalhadoras, sem edução formal, servis. […] Não surge hoje entre as classes trabalhadoras (p. 73).
Em um instante me lembrei daquela famosa afirmação que estabelece a leitura como um pré-requisito da escrita: para escrever bem, é preciso ler.
Tenho a impressão de que a maioria dos escritores e das escritoras formou-se em áreas relacionadas à escrita ou pelo menos se encontrou com a leitura ainda no berço. Sinto-me um pouco deslocada quando leio biografias assim, pois não fiz nem uma coisa nem outra.
Dias atrás conheci três livros e percebi que, embora tenham temas e estilos diferentes, há um ponto que os une: todos tratam de sentimentos ou de aspectos relacionados ao nosso interior. São também capazes de repercutir em leitores de qualquer idade.
Basta dar uma olhada nos títulos e nas capas para ter uma ideia do que quero dizer (confesso que foi justamente pela capa ou pelo título que os escolhi). As histórias então revelam muito mais.
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