Sinopse: Com excesso de erros no início do romance, os relatos de Charlie revelam sua condição limitada, consequência de uma grave deficiência intelectual, que ao menos o mantém protegido dentro de um “mundo” particular – indiferente às gozações dos colegas de trabalho e intocado por tragédias familiares. Porém, ao participar de uma cirurgia revolucionária que aumenta o seu QI, ele não apenas se torna mais inteligente que os próprios médicos que o operaram, como também vira testemunha de uma nova realidade: ácida, crua e problemática. Se o conhecimento é uma benção, Daniel Keyes constrói um personagem complexo e intrigante, que questiona essa sorte e reflete sobre suas relações sociais e a própria existência. E tudo isso ao lado de Algernon, seu rato de estimação e a primeira cobaia bem-sucedida no processo cirúrgico.
Por que estou sempre olhando pra vida por trás de uma janela? (p. 272).
Flores para Algernon é um romance de ficção científica de autoria de Daniel Keyes, publicado pela primeira vez em 1966. Já foi adaptado para o rádio, o cinema, o teatro e a televisão. Entre essas adaptações, encontram-se o filme americano Charly (Os dois mundos de Charly, em português), de 1968, e o filme francês Des fleurs pour Algernon, de 2006.
O narrador da história, Charlie Gordon, tem 32 anos e um quociente de inteligência (QI) de 68 pontos, considerado baixo. Charlie é enviado a uma instituição que recebe jovens e adultos com deficiência intelectual: pessoas cujas famílias as tratam como incapazes de manter uma boa relação com a sociedade e viver com independência. Seu tio, porém, o tira do asilo e consegue para ele um emprego na padaria de um amigo, onde Charlie trabalha desde a adolescência, em serviços de limpeza e carregamento.
Mas Charlie deseja aprender, ser inteligente e descobrir o que ocorreu com sua família (seu pai, sua mãe e sua irmã). Então se matricula em um curso para adultos “retardados”, cuja professora o indica para um experimento científico da universidade.
O estudo, que tem início com um rato, o Algernon, envolve uma operação no cérebro de Charlie e diversas sessões de testes e de terapia para avaliar seu crescimento intelectual e as variações no aspecto emocional. O psiquiatra que integra o grupo de pesquisa alerta Charlie, embora Charlie não compreenda o aviso naquele momento, que ele terá maior necessidade de participar da terapia à medida que o seu QI aumentar.
Um dia desses, ao final de nossa leitura diária, meu filho Joaquim começou a chorar. O livro escolhido naquela noite termina com a morte da avó do narrador, apresentada de maneira sutil.
Joaquim tem os quatro avós vivos e nunca perdeu uma pessoa querida. Mesmo assim, se sentiu tocado com a perda do personagem da história. Suponho que, de seu jeito, ele imaginou o quão doloroso aquele episódio foi para o personagem (tomando-o aqui como uma pessoa real) ou como ele próprio se sentiria em sua pele.
Ao entrarmos em contato com a história de outra pessoa (seja uma pessoa de verdade ou uma personagem ficcional), conhecemos uma realidade que pode nos emocionar, ainda que não tenha nada em comum com a nossa.
Por isso, defendo que as crianças conheçam diferentes histórias desde sempre, mesmo aquelas carregadas de temas difíceis.
Sinopse: Quando se mudou para Nova York, Franny Banks deu a si mesma três anos para conseguir se estabelecer como atriz. E agora, em janeiro de 1995, faltando apenas seis meses para o fim do prazo, ela não conseguiu grandes avanços. Todas as suas fichas estão depositadas na Apresentação, uma mostra dos alunos do curso de teatro do qual faz parte com diversos agentes presentes. Assim, resta a Franny lutar contra a conta bancária, o cabelo indomável, o tempo e a própria sorte para conseguir aquilo que acredita ser seu por direito.
Gilmore Girls é a minha série de conforto, aquela série que eu revisito quando quero me distrair e que traz nostalgia do começo da minha adolescência, quando eu a via no SBT (onde ganhou o nome de Tal mãe, tal filha).
Já perdi as contas dos meus reencontros com Lorelai e Rory. Elas parecem amigas minhas. Sempre me emociono e me alegro com as duas, embora já conheça suas histórias do início ao fim.
Por isso fiquei curiosa ao descobrir o livro Quem sabe um dia, de Lauren Graham. Não preciso dizer que admiro o seu trabalho como atriz, encarnando a divertida Lorelai. Sempre me encantou o fato de me esquecer que aquela personagem existe apenas em um universo ficcional e que, por trás dela, existe uma pessoa real que pouco deve ter em comum com a personagem.
Sinopse: Este livro tematiza a saga real de famílias rurais piauienses, sem terra e sem outras posses maiores, na dura estrada da vida. De pessoas que, deserdadas de berço de ouro, tiveram que inventar maneiras das mais diversas para (re)existir. Existir e resistir a tempos duríssimos de seca, de pobreza, de violência, de abandono. De mulheres que tiveram quase todos os seus caminhos vetados pelo machismo, princípio norteador das vidas e sociabilidades no meio rural piauiense. Portanto, é um livro das histórias humanas possíveis, em contextos exigentes. Algumas delas – histórias impossíveis – apenas tornadas realidade pela força e determinação dos sujeitos. Não obstante, é um livro de esperança. Ao fim, é possível ver que, por mais que todas as evidências apontem o contrário, há a possibilidade de se construir um caminho promissor.
O baú de Faustina se revelou para mim no primeiro dia da 3ª Feira Literária de Barra Grande, em Cajueiro da Praia, Piauí, em 27 de junho de 2024, em um dos bate-papos de lançamento de livros. Sua criadora, Valéria Silva, professora universitária que eu ainda não conhecia, lançava ali o livro de poesias Acenos da alma, e o mediador comentou sobre sua obra anterior.
No dia seguinte, participei de uma roda de conversa acerca da literatura produzida por mulheres, na qual se encontrava Valéria Silva, entre outras mulheres. Terminada a conversa, ela se aproximou de mim e me presenteou com um exemplar de O baú de Faustina, como se adivinhando o interesse que havia nascido em mim no dia anterior. Na dedicatória, ela desejou que a leitura me suscitasse “encontros identitários vários”. E eu posso adiantar que o desejo se realizou.
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