Afinal, quem somos nós? De onde viemos? Para onde vamos? Os indígenas são aqueles que de fato pertencem ao lugar […]. (p. 9).
Em minha experiência como professora da rede pública de ensino do Distrito Federal, de 2009 a 2013, presenciei todo ano, nesta época, a escola inteira falando de um único assunto: o Dia do Índio.
Preciso dizer a verdade: isso sempre me incomodou. Não por abordarmos a data comemorativa e sim pela forma como a abordávamos (eu incluída sempre), com desenhos para colorir, com uma imagem estereotipada, com a música da Xuxa e com alguma superficialidade acerca das diferenças culturais. Não mencionávamos o insistente projeto de dizimação da população indígena, a marginalização à qual a relegamos nem o que realmente é ser indígena. Não por maldade (creio eu), mas por desconhecimento das diversas culturas indígenas (não se pode falar em apenas uma cultura). Também pelo esquecimento no qual jogamos os verdadeiros donos desta terra.
A importância em acolher, proteger e conhecer todas essas identidades é maior do que se imagina. Os indígenas podem nos ensinar a viver melhor em um mundo pior […] (p. 10).
O título deste texto pode ter causado estranhamento. Foi escolhido de propósito para ressaltar um incômodo meu: a definição de livros “adequados” para bebês e crianças pequenas.
Deixo claro, para começo de conversa, que este não é um artigo de uma especialista no assunto. Trata-se da opinião de alguém que se interessa por literatura para crianças, que escreve e vem aprendendo no convívio com um pequeno ser que vai fazer dois anos em breve.
O que venho atestando em minha vivência é que o gosto pela leitura é aprendido/adquirido pelo estímulo, no contato com os livros. Eu sei, essa afirmação é clichê, porém escutá-la é diferente de experimentá-la.
No início de 2020, fiz um plano de leitura modesto, com apenas cinco livros, de diferentes escritoras, contando que ia ampliá-lo no decorrer do ano.
Isso aconteceu. Conheci, comprei e ganhei novos livros e me enveredei no mundo dos e-books. Conclusão: acabei não cumprindo minha lista toda. Deixei Memórias de uma moça bem-comportada, de Simone de Beauvoir, para 2021, e abandonei (pelo menos por enquanto) Destino: La Templanza, de María Dueñas. Os outros três entraram para o rol de livros mais marcantes do ano.
Iniciando 2021, pensei se faria ou não uma lista de leitura. Decidi fazer. Acredito que o planejamento, seja em que atividade for, nos ajuda na organização. Pode ser que eu não cumpra o plano. Pode ser que o altere até o fim do ano. Pode ser que outros livros apareçam no caminho. E tudo bem.
Mesmo que alguns digam o contrário, as imagens nos mostram que o Brasil não está de parabéns quando o assunto é preservação do meio ambiente. É doloroso ver essa cena se repetir todo ano — agora em maior proporção e com o agravante do descaso e da negação da realidade. A quem interessa essa destruição?
O meio ambiente tem até uma data comemorativa mundial, 5 de junho de cada ano. Há também o dia da árvore (21 de setembro), o dia da natureza (4 de outubro) e o dia da Amazônia (5 de setembro). Ainda assim, embora tenhamos muitos dias no nosso calendário para nos lembrar dos impactos de nossas ações sobre o meio ambiente, ele continua a ser um senhor tão maltratado.
Para mim, além da exploração desenfreada, existe a ideia de que meio ambiente é assunto distante da gente, como se as queimadas no Pantanal ou na Floresta Amazônica não tivessem impacto sobre as vidas de quem mora em outras partes do país.
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