A
mãe de uma amiga de uma amiga era obsessiva por plantas de todos os tipos, mas
sempre preferiu aquelas que floriam. Então enchia a frente, os lados e os
fundos da casa com as mais variadas espécies. Mal sobrava espaço para caminhar
do portão até a porta de casa.
O marido dizia que ela ganharia muito mais se trocasse cada uma daquelas plantas por uma que desse algo comestível. Ninguém poderia comer flor, ele repetia. Aliás, ele se enganava, pois existiam sim flores comestíveis. Não naquele jardim, é verdade. E, mesmo assim, aquele homem certamente não aprovaria uma comida tão exótica. Queria ver o terreno tomado de pés de manga, de goiaba, de mamão, de acerola e talvez até de feijão. Aquelas flores todas não serviam para nada.
Sinopse: A bolsa amarela é o romance de uma menina que entra em conflito consigo mesma e com a família ao reprimir três grandes vontades (que ela esconde numa bolsa amarela) — a vontade de crescer, a de ser garoto e a de se tornar escritora. A partir dessa revelação — por si mesma uma contestação à estrutura familiar tradicional em cujo meio "criança não tem vontade" — essa menina sensível e imaginativa nos conta o seu dia-a-dia, juntando o mundo real da família ao mundo criado por sua imaginação fértil e povoado de amigos secretos e fantasias. Ao mesmo tempo que se sucedem episódios reais e fantásticos, uma aventura espiritual se processa e a menina segue rumo à sua afirmação como pessoa.
A bolsa amarela é um livro para crianças e jovens publicado pela primeira vez em 1976. Mesmo assim, apesar de seus 43 anos, podemos dizer que suas reflexões continuam válidas e atuais.
Faz tempo que eu tenho vontade de ser grande e de ser homem. Mas foi só no mês passado que a vontade de escrever deu pra crescer também (p. 10).
Amanhã é Dia Nacional da Consciência Negra, data na qual se lembra e atualiza a luta do povo negro. É o aniversário de morte de Zumbi dos Palmares (1655-1695), o último líder do Quilombo dos Palmares e símbolo da resistência negra à escravidão.
Por isso, hoje trago três livros infantis que, na minha opinião, valorizam a identidade negra. São obras que merecem ser apreciadas durante o ano todo e não só em 20 de novembro.
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