"4" Post(s) arquivados na Tag: romance

19 de outubro de 2019

0 Comentários

[Resenha] O peso do pássaro morto

Por Aline Bei

  • Título Original: O peso do pássaro morto
  • Gênero do Livro: Romance
  • Editora: Nós
  • Ano de Publicação: 2017
  • Número de Páginas: 168
Sinopse: A vida de uma mulher, dos 8 aos 52, desde as singelezas cotidianas até as tragédias que persistem, uma geração após a outra. Um livro denso e leve, violento e poético. É assim O peso do pássaro morto, romance de estreia de Aline Bei, onde acompanhamos uma mulher que, com todas as forças, tenta não coincidir apenas com a dor de que é feita.
Comprar na Amazon

O peso do pássaro morto, primeiro romance de Aline Bei, é um livro tocante. É mais uma estreia impressionante a ser acrescentada a outras de que já falei aqui.

[…] no tempo da minha/ memória/ somos pra sempre. não existe morrer dentro, é como uma canção./ as canções não morrem nunca porque elas moram dentro das pessoas que/ gostam delas. […]

Continue lendo
01 de outubro de 2019

2 Comentários

[Resenha] Uma noite, Markovitch

Por Ayelet Gundar-Goshen

  • Título Original: Layla Echad, Markovitch
  • Gênero do Livro: Romance
  • Editora: Todavia
  • Ano de Publicação: 2018
  • Número de Páginas: 400
Sinopse: Às vésperas da Segunda Guerra, um grupo de jovens parte da Palestina para a Europa. Do outro lado do mar, um grupo de jovens judias que nunca conheceram os esperam. O objetivo: casamentos fictícios com os quais as meninas poderão escapar da Europa sob Hitler e alcançar a futura pátria judaica, então sob o domínio britânico. Dois dos jovens são amigos íntimos, mas muito diferentes um do outro. Zeev Feinberg, um sujeito ousado, alto e musculoso, tem um belo bigode e está acostumado a ter mulheres caídas a seus pés. O outro, Iaakov Markovitch, é um cara indescritível e monótono sem qualquer tipo de carisma: nenhuma mulher já olhou para ele. No entanto, é Markovitch quem fica com a mulher mais bonita, a deslumbrante Bella Zeigerman. Contra o pano de fundo da guerra na Europa e a Guerra de Independência de Israel, com o enredo indo e vindo entre os pequenos indivíduos e os grandes eventos que os rodeiam, tudo isso num andamento ágil e mítico, o colorido romance de estreia de Gundar-Goshen reconta eventos do século XX de forma divertida e ilustrada.
Comprar na Amazon

Iaakov Markovitch não era feio. Que não se conclua disso que era bonito. Garotinhas não desatavam a chorar por causa de seu aspecto, tampouco sorriam ao ver seu rosto. Ele era, seria possível dizer, um glorioso meio-termo (p. 11).

Esse é o romance de estreia de Ayelet Gundar-Goshen, escritora israelense que também é psicóloga e roteirista.

Que forma de começar! O livro lhe rendeu um prêmio literário em Israel, o Prêmio Sapir, pelo melhor romance de estreia de 2012, e foi traduzido para catorze idiomas.

Continue lendo
19 de dezembro de 2018

0 Comentários

[Resenha] As doze tribos de Hattie

Por Ayana Mathis

  • Título Original: The Twelve Tribes of Hattie
  • Gênero do Livro: Romance
  • Editora: Intrínseca
  • Ano de Publicação: 2014
  • Número de Páginas: 224
Sinopse: Em 1923, aos quinze anos, Hattie Shepherd deixa a Geórgia para se estabelecer na Filadélfia, na esperança de uma vida melhor. Mas se casa com um homem que só lhe traz desgosto e observa indefesa quando seu casal de gêmeos sucumbe a uma doença que poderia ter sido evitada com alguns níqueis. Hattie dá à luz outras nove crianças, que cria com coragem e fervor, mas sem a ternura pela qual todos anseiam. Em lugar disso, assume o compromisso de preparar os filhos para as calamitosas dificuldades que certamente enfrentarão e de ensiná-los a encarar um mundo que não os amará nem será gentil. Contadas em doze diferentes narrativas, essas vidas formam a história da coragem monumental de uma mãe e da trajetória de uma família. Belo e inquietante, o primeiro romance de Ayana Mathis é assombroso do início ao fim — épico, angustiante, imprevisível, vibrante e cheio de vida. Uma história envolvente e cativante, um retrato marcante de uma luta tenaz diante de adversidades insuperáveis e uma celebração da resiliência do espírito humano. As doze tribos de Hattie é um romance de estreia de rara maturidade.
Comprar na Amazon

E se Hattie não conseguisse amar mais um filho? Talvez tenhamos uma quantidade finita de amor para dar. Nascemos com a nossa porção, e ela se esgota se amamos e não somos amados o suficiente (p. 89).

Esta é a tocante história de uma mãe lutando, de uma forma particular, para conduzir sua numerosa família e superar as adversidades.

Primeiro romance de Ayana Mathis, publicado originalmente nos Estados Unidos, em 2012, As doze tribos de Hattie rapidamente se tornou um best-seller por lá e foi incluído na lista de livros do clube de leitura da Oprah Winfrey.

O livro conta a história de Hattie, seu marido, seus onze filhos (dentre eles, um casal de gêmeos que morrem ainda bebês) e sua neta. Ela, uma mulher que, no início da década de 1920, se casa com um homem que não atende a suas expectativas, vê seus sonhos de uma vida melhor em outra cidade ruírem com o casamento e com a morte de seus primogênitos.

Continue lendo
01 de outubro de 2018

2 Comentários

[Resenha] O alforje

Por Bahiyyih Nakhjavani

  • Título Original: The saddlebag
  • Gênero do Livro: Romance
  • Editora: Dublinense
  • Ano de Publicação: 2017
  • Número de Páginas: 336
Sinopse: Ao contrário do que se diz, o deserto é um território fértil. Ao menos para Bahiyyih Nakhjavani, que, a partir de uma trama complexa, faz convergir nas areias árabes um grupo de personagens que têm suas trajetórias costuradas por um misterioso alforje. Uma noiva que viaja para encontrar o futuro marido, um padre em peregrinação, um beduíno de alma livre e uma escrava falacha são alguns dos retratos que a autora pinta com maestria e profundidade. Ainda que tenham origens, crenças e desejos muito diferentes, todos os viajantes terão a vida transformada pelas escrituras sagradas.
Comprar na Amazon

No breve momento que antecede a morte, ele entendeu que, se conseguisse pelo menos apreender o sentido daquelas palavras que o chamavam, seria sempre livre (p. 45).

Para retomar a tendência de histórias fortes, o livro de hoje também desnuda a essência humana, mas foge da cultura ocidental e explora o mundo islâmico. 

O alforje, publicado originalmente em inglês, em 2000, foi o primeiro romance de Bahiyyih Nakhjavani, escritora iraniana que, mesmo criada fora do Irã, escreve obras inspiradas na cultura de seu país natal. Outros romances da autora são: Us&Them (2017), The Woman Who Read Too Much (2015) e Paper (2005), nenhum deles traduzido para o português.

O livro conta uma história pela perspectiva de nove personagens diferentes que se cruzam em algum momento ou encontram o misterioso alforje, enquanto uma caravana cruza o deserto entre Meca e Medina, levando um cadáver, uma noiva ao encontro do futuro marido e peregrinos à sagrada visitação.

Continue lendo


1 3 4 5 6
© 2024 Histórias em MimDesenvolvido com por