Sinopse: A viagem do elefante , primeiro livro de José Saramago depois do relato autobiográfico Pequenas memórias (2006), é uma ideia que ele elaborava há mais de dez anos, desde que, numa viagem a Salzburgo, na Áustria, entrou por acaso num restaurante chamado O Elefante. Com sua finíssima ironia e muito humor, sua prosa que destila poesia, Saramago reconstrói essa epopeia de fundo histórico e dela se vale para fazer considerações sobre a natureza humana e, também, elefantina. Impelido a cruzar meia Europa por conta dos caprichos de um rei e de um arquiduque, Salomão não decepcionou as cabeças coroadas. Prova de que, remata o autor, sempre se chega aonde se tem de chegar.
Sempre termino a leitura de um livro de José Saramago com a impressão de que alguma coisa mudou em mim e com o sentimento quase infantil de que posso criar histórias tão inspiradoras como ele fez.
Em A viagem do elefante, o autor não decepciona. Vejo ali seu estilo de escrita, que o distingue dos outros escritores e que, por vezes, assusta os leitores; vejo também a ironia e a crítica social que encontrei em todas as outras obras suas que já conheci. Há, porém, algum aspecto que diferencia essa das outras histórias e que não sei apontar com certeza.
Nesse seu penúltimo romance, publicado em Portugal dois anos antes de seu falecimento, Saramago transformou um fato histórico do século XVI, do qual não se conhecem tantos detalhes, em uma fábula cheia de humor, ironia e reflexão.
O personagem central é Salomão, um elefante indiano com o qual D. João III, rei de Portugal, e a rainha Catarina, sua esposa, presentearam o arquiduque Maximiliano II da Áustria. Salomão já não era uma novidade por aquelas bandas e naquele momento vivia isolado em um cercado, na companhia de seu cornaca (tratador) Subhro. A ideia do presente então surgiu como solução para o problema de manter ali um animal imenso, que já não causava curiosidade e que consumia forragem e água aos montes.
Ontem eu sonhei com o Saramago. José Saramago. O escritor português conhecido pelos longos parágrafos e pelo uso não convencional das vírgulas.
Não me lembro do seu rosto ou da nossa interação (ou se alguma ocorreu). Só sei que era ele ali, marcando presença na minha mente durante o sono.
Ele apareceu em meu sonho sem mais nem menos. Faz semanas que iniciei e interrompi a leitura de o Memorial do Convento (fui até a metade do livro). Vou retomá-la mais adiante.
Falando assim, dou a impressão de que me refiro a um conhecido, um familiar, um amigo. A verdade é que me sinto íntima do Saramago quando visito suas obras.
Para além de seu estilo único de escrita, admiro seu modo de narrar, sua ironia, a crítica política e social sempre presente em seus textos. Toda vez que leio um livro do autor, acabo acreditando que posso saramaguear, que sou capaz de criar uma obra significativa; começo a ter ideias e vontade de ousar.
Diante desse retrato de abandono paterno, sinto certo constrangimento ao celebrar o dia dos pais. Acredito, no entanto, que a situação vem mudando e que uma parcela dos homens vem assumindo seu papel de pais.
Longe de querer santificar os homens que se esforçam para ser pais de verdade (afinal, eles não fazem mais do que sua obrigação), mostrar esses exemplos, na minha opinião, pode incentivar outros genitores a quebrarem o padrão, a se envolverem na vida dos filhos, a descobrirem as vantagens que essa convivência pode trazer tanto para seus descendentes, quanto para si mesmos. Então, hoje eu apresento três livros que retratam pais e filhos em uma relação próxima, pais presentes e participantes.
Sinopse: "Morreste-me" foi o livro que revelou o escritor português José Luís Peixoto. Publicada em 2000, é uma obra tocante e comovente: é o relato da morte do pai, o relato do luto e, ao mesmo tempo, uma homenagem, uma memória redentora.
Comigo, a casa estava mais vazia. O frio entrava e, dentro de mim, solidificava (p. 17).
Morreste-me é o nome dessa obra de José Luís Peixoto, e seu título delata o impacto que o texto causa no leitor.
José Luís Peixoto é um escritor português cujas obras têm sido premiadas e bem recepcionadas pela crítica literária mundo afora.
Morreste-me é difícil de digerir: traz um tema pesado (com o qual ninguém gostaria de lidar), com uma escrita que potencializa o incômodo do tema.
Em primeira pessoa, o narrador fala da morte do pai, como se com ele conversasse. Relembra os momentos vividos juntos, a aproximação da morte, os ensinamentos do pai, mesclando o passado com o presente: o presente em que o filho não tem mais o pai ao lado.
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