Sinopse: Pouco antes de morrer, em 1977, Clarice Lispector decide se afastar da inflexão intimista que caracteriza sua escrita para desafiar a realidade. O resultado desse salto na extroversão é A hora da estrela, o livro mais surpreendente que escreveu. Se desde Perto do coração selvagem, seu romance de estreia, Clarice estava de corpo inteiro, todo o tempo, no centro de seus relatos, agora a cena é ocupada por personagens que em nada se parecem com ela.
A nordestina Macabéa, a protagonista de A hora da estrela, é uma mulher miserável, que mal tem consciência de existir. Depois de perder seu único elo com o mundo, uma velha tia, ela viaja para o Rio, onde aluga um quarto, se emprega como datilógrafa e gasta suas horas ouvindo a Rádio Relógio. Apaixona-se, então, por Olímpico de Jesus, um metalúrgico nordestino, que logo a trai com uma colega de trabalho. Desesperada, Macabéa consulta uma cartomante, que lhe prevê um futuro luminoso, bem diferente do que a espera. [...]
Escrevo porque sou um desesperado e estou cansado, não suporto mais a rotina de me ser e se não fosse a sempre novidade que é escrever, eu me morreria simbolicamente todos os dias.
Esse é o segundo livro da Clarice Lispector que leio. O primeiro foi A mulher que matou os peixes, obra destinada a crianças sobre a qual escrevi aqui dias atrás.
Fiquei em dúvida se falava ou não a respeito de A hora da estrela no blog. Quando se trata de autores ou autoras e obras clássicas, me pergunto o que posso acrescentar. Tantas análises e tantos comentários já foram feitos sobre essa obra. Tantas vezes Clarice foi mencionada, ainda mais no ano de seu centésimo aniversário.
Sinopse: Quase todo mundo tem ou já teve um animal de estimação. Mas nem todos prestam atenção aos bichinhos que têm em casa, que não são exatamente de estimação, como as baratas, as lagartixas, as moscas e os mosquitos, por exemplo, que são bichos naturais, e não estão à venda nas lojas. Essa é uma história contada por uma mulher que ama todos os bichos do mundo, mas que, por um acidente, matou dois peixinhos vermelhos. Entre os animais que ela mais gostou estão: a lagartixa, o vira-lata Dilermando; Jack, o cachorro americano; um mico muito bagunceiro; uma miquinha linda que usava brincos e colar e se chamava Lisete e tantas outras histórias dos animais de seus amigos. No final do livro, vamos saber se podemos perdoá-la ou não por ter matado os peixes.
Se vocês gostam de escrever ou desenhar ou dançar ou cantar, façam porque é ótimo: enquanto a gente brinca assim, não se sente mais sozinha, e fica de coração quente.
No centenário de Clarice Lispector, falo aqui de um livro que essa conhecida escritora brasileira (nascida na Ucrânia) produziu para crianças.
Em A mulher que matou os peixes, que conta com ilustrações de Flor Opazo, a autora se apresenta como ela própria e conversa com os leitores e as leitoras, contando-lhes histórias, que não sabemos se são verdadeiras ou inventadas, sobre diferentes animais: gatos, cachorros, macaco, lagartixa etc.
Em nosso encontro, no dia 22 de novembro de 2020, a escritora Palmira Heine perguntou minha opinião sobre a afirmação que eu trouxe no título deste texto (quem não viu a live passa lá no perfil da escritora no Instagram ou clica aqui).
Naquele momento, lembrei-me de uma pesquisa cujos resultados foram divulgados há poucos meses. Resolvi então conferir a pesquisa para ter certeza de que não disse alguma bobagem.
Realizada pelo Instituto Pró-Livro (IPL) 2007, a pesquisa Retratos da leitura no Brasil já teve cinco edições (2001, 2007, 2011, 2014 e 2019). Em 2019, o IPL contou com a parceria do Itaú Cultural e entrevistou 8.076 pessoas com 5 anos ou mais de idade em 208 municípios, abrangendo todas as unidades federativas.
Representações de professoras e professores na literatura
Atenciosas ou indiferentes. Rígidas ou permissivas. Democráticas ou autoritárias. Cada um de nós teve inumeráveis professoras ou professores, de diferentes personalidades e estilos, seja na educação infantil, no ensino fundamental, no ensino médio ou na educação superior.
É de conhecimento geral (e isso eu sei por experiência) que a docência não é a profissão mais valorizada no Brasil (veja-se, por exemplo, o que declarou o próprio ministro da área em uma entrevista recente). Por consequência, também não é a mais desejada pelos jovens.
Ao menos, parece que, durante a pandemia do novo coronavírus, que obrigou o fechamento das escolas, a sociedade começou a perceber a importância de professoras e professores. Afinal, não é qualquer pessoa que pode ensinar, e as tecnologias não substituem o ambiente escolar.
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