Nem a sorte nem o azar mandam no seu destino. Quem manda no seu destino é você. São as suas escolhas, os seus atos, que vão dizer se a sua vida vai ter mais momentos de sorte ou mais momentos de azar (p. 60-61).
Será que existe sorte? Será que existe azar (esta palavra que muita gente evita pronunciar para não atrair seu significado)? Será que algumas pessoas são mais sortudas do que outras? Será que quem tem sorte no amor não tem sorte no jogo e vice-versa?
Esse é o tema principal dessa história bem-humorada. Nela acompanhamos personagens fictícios do pequeno município de Estrelópolis, que poderiam ser encontrados em carne e osso em diversas partes do país, personagens que parecem nossos conhecidos.
O primeiro deles é o prefeito, um homem supersticioso que se agarra ao poder e faz de tudo para não soltá-lo, usando as palavras certas para conquistar o povo. O segundo é o assessor do prefeito, que bajula o chefe o tempo inteiro. Há ainda o técnico do time de futebol da cidade, o oposto do gestor municipal. Ele procura agir de modo correto, mas tem suas convicções ameaçadas pelo desemprego.
Mais uma vez, [o prefeito] dissera o que todos queriam ouvir (p. 19).
O livro aborda a paixão brasileira pelo futebol e a usa como exemplo daquilo que estamos habituados a ver e discutir por estas terras: por que aquilo que mexe com a nossa emoção se torna mais relevante do que outros aspectos, até mesmo as nossas condições de vida? Por que nos unimos para torcer pela seleção brasileira ou para eliminar um participante do Big Brother Brasil (BBB) e não nos unimos com o mesmo ímpeto para exigir os nossos direitos? Essas minhas perguntas não são em tom de crítica e sim de reflexão (não tenho as respostas e não sou imune a esse fenômeno).
Ocorria, pela primeira vez na história da cidade, uma manifestação popular. Nunca houvera uma passeata para ampliação do posto de saúde ou para reforma da escola. […] E, agora, abalada com a ausência de Nico no final do campeonato, a sociedade local marcava presença, num único desejo, numa única voz (p. 17-18).
O personagem mais importante da obra é Risinho, um rapaz conhecido pela alegria e pela sorte que há anos guarda em segredo um desejo e não tem esperança de satisfazê-lo. E, embora não tenha talento para o futebol, é convocado para substituir Nico, o craque do time local, que se machuca antes da final do campeonato intermunicipal, da qual a equipe participa pela primeira vez na história. A ordem para essa convocação parte do prefeito, apostando no acaso como forma de levar o time à vitória.
No final, irá a sorte abandonar Risinho ou ajudá-lo a cumprir essa missão e a realizar o sonho oculto? Vale a pena ler essa deliciosa história e descobrir como ela termina.
Falando de sorte, não me considero como o Risinho: não sou do time dos que ganham prêmios em sorteios. Não acredito também que ela impere sobre nossas vidas, embora não descarte sua influência.
E você, leitor ou leitora, o que pensa a respeito da sorte? É uma pessoa sortuda? Se quiser, responda nos comentários.
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