Como você vai mudar o mundo?
Escrito e ilustrado por Kate Pankhurst, descendente de uma das mulheres homenageadas, Grandes mulheres que mudaram o mundo é um livro informativo que apresenta treze mulheres que se destacaram em áreas diversas.
Algumas das mulheres eram minhas conhecidas, ao menos de modo superficial: Jane Austen, Frida Khalo, Marie Curie, Chiquinha Gonzaga, Rosa Parks, Anne Frank. Sobre outras foi a primeira vez que li: Gertrude Ederle, Mary Anning, Mary Seacole, Amelia Earhart, Agente Fifi, Sacagawea, Emmeline Pankhurst.
Como elas se tornaram incrivelmente fantásticas e maravilhosas?! As mulheres deste livro não tinham a intenção de serem ‘incríveis’. Elas fizeram coisas extraordinárias simplesmente ouvindo seu coração, seguindo seus sonhos e aprimorando seus talentos. […]
Como informa a introdução do livro (citada acima), as mulheres apresentadas realizaram ações que impactaram as outras pessoas ao redor ou em várias partes do mundo, sem consciência de que dariam tão grandes contribuições. Fizeram isso com objetivos menos ambiciosos: realizar seus sonhos, provar sua capacidade, fazer o bem a alguém.
Destaco aqui a presença de uma brasileira entre as grandes mulheres: Chiquinha Gonzaga (1847-1935), compositora, pianista e maestrina, criadora da popular marchinha de Carnaval Ó Abre Alas (1899).
O marido de Chiquinha [Gonzaga] não concordava com seu interesse pela música, tanto que ele a proibiu de tocar qualquer instrumento musical. Para Chiquinha, a vida sem música era insuportável, por isso ela surpreendeu a todos quando decidiu abandonar seu casamento. Por fim, ela estava livre como desejava.
Grandes mulheres que mudaram o mundo é descontraído, tem belas ilustrações e um projeto gráfico atraente. Recomendo essa leitura a todas as crianças (meninas e meninos), jovens e adultos também.
Conhecer essas mulheres incríveis inspira e reanima nossa batalha por igualdade de direitos. Por mais cansativo que seja estar sempre lutando (e assistindo aos retrocessos), ao ler essas histórias de vida nos convencemos de que faz sentido prosseguir. Imaginemos se Emmeline Pankhurst, por exemplo, tivesse desistido do voto feminino ou se Jane Austen tivesse sucumbido às pressões sociais de sua época.
Por outro lado, ao ler uma obra como essa, não podemos crer que a mudança só pode ser gerada por mulheres com qualidades incomuns. Não. Ela pode ser realizada por cada uma de nós, em nossas áreas de conhecimento, em nosso meio de convivência, com nossa personalidade e nossas habilidades. Ela pode ser iniciada nos pequenos gestos, nas atividades do dia a dia.
Cada uma de nós tem um ou mais talentos e sua forma própria de resistência. Mesmo quem não é cientista, compositora, aviadora ou pintora pode batalhar por seu espaço e por um mundo mais igualitário. Para (re)começar, podemos refletir sobre a pergunta que o livro nos faz: “Como você vai mudar o mundo?”.
Se quiser conhecer melhor essas grandes mulheres, clique no link a seguir:
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