
Mamadas, choro, fraldas sujas. A memória me aponta, maldosa, aqueles dias de antes, aqueles dias tomados pela série da vez, pelo livro do momento; aquelas noites de encontros com múltiplos personagens; aqueles dias previsíveis; aquelas noites de sonos inteiros.
Lembrança aqueles dias e aquelas noites se tornaram. Por isso se exibem tão saudosos. É certo que não regressarão, a não ser reencarnados em outros dias e outras noites mais adiante.
Pediatra, vacinas, decisões. Meus olhos me mostram, maravilhados, aquele olhar inocente investigando, aquele sorriso sem dentes ensaiando seu despontar, aquele vivente iniciante treinando sua existência.
Esperança completa meus dias e minhas noites agora. À espera por presenciar olhos ainda mais curiosos, sorrisos dentuços e barulhentos, uma existência em contínuo despertar.
Deixe seu comentário